Mesmo fora da emergência sanitária Estado intensifica o monitoramento de gafanhoto

Informação repassada pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de que a nuvem de gafanhotos – que se desloca desde maio pela área de fronteira entre Argentina, Brasil e Uruguai – se encontra a 100 quilômetros de Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul, colocou em alerta o Comitê que monitora os movimentos desses insetos no Brasil.

 

Em videoconferência realizada nesta quarta-feira (22), serviu para esclarecer dúvidas, alinhar informações e realizar os últimos ajustes nos planos de emergência para uma eventual entrada da praga no Brasil.

 

O encontro foi promovido pelo senador Luís Carlos Heinze e teve a participação de representantes do presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Thiago Magalhães Silva; do chefe do departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura (Mapa), Carlos Goulart, Ministério da Agricultura; dos secretários estaduais de Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, e do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, do chefe do departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Carlos Goulart. Além de outras autoridades dos quatro órgãos, especialistas, sendo de Mato Grosso do Sul, o superintendente de Produção e Agricultura Familiar da Semagro, Rogério Beretta e o Diretor Presidente da Iagro, Daniel Ingold.

 

A reunião contou ainda com a participação do chefe do Programa Nacional de Gafanhotos e Ticuras da Argentina, Hector Emílio Medina.

 

“A presença de autoridades do Mato Grosso do Sul foi pelo receio de que a segunda nuvem detectada esta semana na Argentina pudesse se dirigir a oeste, entrando no País pela região entre o norte do paraná e o Mato Grosso do Sul. O que, em princípio, foi descartado pelo Ministério da Agricultura e pelos representantes do Senasa, devido à direção dos ventos na região – que tendem a levar a nuvem para direção sul”, disse o departamento em nota.

 

Quanto aos preparativos no Rio Grande do Sul, o secretário Covatti Filho confirmou a disponibilidade de R$ 600 mil do governo federal ao Estado e de aeronaves para um eventual combate aos insetos (cerca de 70 aviões em prontidão, em vários pontos na região de fronteira, podendo chegar a mais, caso seja necessário).

 

Em Mato grosso do Sul foi criado um comitê para fazer o monitoramento e definir ações caso venha a ocorrer eventuais ataques de gafanhotos nas lavouras, formado por representantes do Governo do Estado, da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS) e da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja de MS).

 

Segundo o Secretário Jaime Verruck neste momento Mato Grosso do Sul não está inserido no decreto de emergência por que as nuvens de gafanhoto que estão no Paraguai estão direcionadas para a Argentina, mas o monitoramento continua. “Caso haja modificações e deslocamento de ventos nós estabeleceremos a emergência e com isso colocaremos em pratica um plano efetivo de combate, junto com Ministério que inclusive já estabeleceu o tipo de agrotóxico a ser utilizado, forma e dosagem”.

 

Segundo explicou Verruck, caso haja necessidade de um trabalho de combate, este será realizado pelos produtores, com atenção as unidades ambientais pois os produtos são específicos de uso na agricultura e pecuária.

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