A quinta indústria de celulose a se instalar em Mato Grosso do Sul, a Arauco é pioneira entre as empresas florestais do mundo a ser certificada como carbono neutro. Dessa forma, a unidade industrial prevista para entrar em operação em 2028 em Inocência, está alinhada à meta do Governo do Mato Grosso do Sul de ser um Estado Carbono Neutro até 2030.
Mato Grosso do Sul se comprometeu a neutralizar a emissão de carbono nos próximos oito anos e, para isso, criou o Fórum sul-mato-grossense de Mudanças Climáticas além de ter ratificado sua participação no “Consórcio Interestadual sobre o Clima – Consórcio Brasil Verde”.
De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o Estado está na vanguarda nacional nas ações de neutralização de carbono e a Arauco chega para reforçar a posição estadual.
“A Arauco se destaca pela tecnologia de ponta e também na sustentabilidade ambiental de suas linhas de produção. A fábrica a ser instalada no
município de Inocência deve ter autossuficiência energética utilizando fontes renováveis. Trata-se de uma planta industrial modelo em eficiência, totalmente alinhada com o conceito de ESG e com as diretrizes do nosso projeto de tornar Mato Groso do Sul um Estado Carbono Neutro até 2030”, afirma o secretário.
O projeto Sucuriú terá capacidade instalada para produzir 5,2 milhões de toneladas de celulose e gerar energia a partir do reaproveitamento de biomassa (cascas, lignina, entre outros insumos) não utilizada no processo da fabricação, que será processada em uma caldeira especial para produzir vapor e movimentar as turbinas que produzirão energia elétrica limpa.
A usina a vapor terá capacidade de gerar 400 megawatts (MW) de eletricidade, dos quais 200 MW serão usados para consumo próprio pela unidade industrial. Os 200 MW de energia excedente – suficiente para abastecer uma cidade de mais de 400 mil habitantes – seriam disponibilizados ao mercado livre de energia.
Cristián Infante, COO da Arauco assinala que, desde 2018, a Arauco emprega método de neutralidade de carbono para a captura e retenção do CO2 dos produtos florestais, validado oficialmente pela consultoria global Delloite e auditado pela Price Waterhouse. Ele ressalta que a Arauco é a primeira empresa onde esse protocolo é aplicado com sucesso.
“O nosso desafio é buscar soluções que permitam satisfazer as crescentes necessidades humanas através dos recursos renováveis e de baixa emissão. As florestas são um recurso natural e uma solução de longo prazo para enfrentar o desafio das mudanças climáticas que impactam o nosso planeta”, afirma Cristián Infante.
