Bangladesh assume o primeiro lugar do ranking de maiores compradores do algodão brasileiro

 Aponta o documento, que no mês de fevereiro de 2021, Bangladesh assumiu o primeiro lugar do ranking de maiores compradores (52 mil toneladas importadas), do algodão brasileiro, após cinco meses consecutivos tendo a China como maior comprador. Vietnã, Paquistão, Turquia e Indonésia aparecem nas demais colocações.

 

Nos sete meses acumulados da temporada de exportações 2020/2021, referente ao período de agosto de 2020 a julho de 2021, o Brasil exportou 1,721 milhão de toneladas, totalizando uma receita de US$ 2,616 bilhões proveniente das exportações. O volume embarcado nesse período é 14% superior que ao volume embarcado ao longo dos mesmos meses da temporada 2019/2020.

 

Balança comercial

 

O ranking dos 10 maiores importadores mundiais do algodão brasileiro no acumulado da temporada 2020/2021 traz a China e o Vietnã nos dois primeiros lugares (marketshare de 34% e 15% do total exportado), seguido do Paquistão (14%), Bangladesh (10%), Turquia (9%), Indonésia (8%), Malásia (4%), Coréia do Sul (3%) e, finalmente, Tailândia e Índia (1%).

 

O superávit da balança comercial do algodão brasileiro está em 2,616 bilhões de dólares e a previsão é que o Brasil supere novamente os 3 bilhões de dólares até o final da temporada de exportações.

 

Preços praticados em 2021

 

Segundo o relatório da ABRAPA, o mercado de algodão em NY tem apresentado altas consecutivas nos últimos meses e está acima dos 80 centavos de dólar/libra-peso desde o início do mês de janeiro. Os preços nacionais do algodão, publicados pelo Cepea, atingem os maiores valores nominais da história e avançam diante do cenário cambial do real frente ao dólar, atingindo valores equivalentes à paridade de exportação.

 

Desde abril, o preço do petróleo vem subindo no mercado internacional e com ele, a valorização do Polyester, concorrente direto do algodão. Com isso favoreceu também os vendedores da pluma do fio natural, que acompanha a alta.

 

Estoque mundial

 

O indicador com maior variação neste último mês, em relação ao estoque mundial de pluma de algodão, foi o de produção mundial, de 24,7 para 24,2, impulsionado principalmente pela quebra safra dos EUA. A redução é de 8%, mas considera-se mantidos, no relatório da Abrapa, o estoque final e o consumo mundial, concluiu a ABRAPA em seu relatório.

 

No ano agrícola passado, 2019/2020, no Brasil, os cotonicultores cultivaram 1,615 milhão de hectares, conseguiram 2, 904 milhão de toneladas de pluma, uma média de 1.798 Kg. de pluma por hectare, algodão produzido com sustentabilidade, qualidade e rastreado, fatores que contribuem para conquista cada vez maior de mercados internacionais e nacional.

 

Fonte: Ampasul

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