Agricultura familiar: ações para quilombolas são analisadas

ZeroUmInforma/Rural – No Mato Grosso do Sul, cerca de 72% das comunidades quilombolas são rurais. Em cuidado a esse percentual elevado, a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e a Sedhats (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) estão em análise das demandas em agricultura familiar das 22 comunidades remanescentes do Estado.

No final da tarde desta segunda-feira (1º), o dirigente da Agraer, Enelvo Felini, esteve reunido com o subsecretário de Políticas Públicas para Promoção de Igualdade Racial e da Cidadania (Sedhast), Carlos Alberto Versoza. “O dirigente da Agraer nos informou que vai delegar alguns técnicos para fazer os trabalhos junto às comunidades. Na Sedhast, temos os instrumentais com os dados das comunidades e isso vai contribuir com a Agraer”, informou o subsecretário.

De acordo com a Secretária, atualmente, são 22 comunidades quilombolas pelo Estado, com um total populacional de 3 mil pessoas, 850 famílias. “A maior parte das comunidades são rurais, poucas são urbanas. Em Campo Grande, temos a Tia Eva e a São João Batista que ficam em áreas urbanas. Outras três ou quatro estão no município de Nioaque e mais duas em Corumbá, sendo uma urbana e outra ribeirinha”, detalhou Carlos Alberto.

Das demandas apresentadas, uma delas foi a renovação da DAP – Declaração de Aptidão ao Pronaf, da comunidade “Chácara Buriti”, situada a 30 km de Campo Grande. “É um grupo formado por 40 famílias que tiram o sustento da terra, ou seja, daquilo que produzem. As famílias trabalham com horticultura e comercializam boa parte na Ceasa, da Capital, e no Pnae [Programa Nacional de Alimentação Escolar]”, disse o subsecretário.

O georeferenciamento, no município de Bonito, da comunidade “Águas de Miranda” e a presença do dirigente da Agraer nas comunidades foram outros assuntos levantados. “Viemos convidar o diretor-presidente para conhecer as comunidades que ele ainda não pôde visitar. Sabemos da sua extensa agenda, mas tê-lo junto às comunidades é de extrema importância”, avaliou.

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