Lula e ministro da Agricultura participam hoje do primeiro embarque de carne para China, em MS

 

Lula e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, acompanham nesta sexta-feira, 12/4, o primeiro embarque de carne para a China a partir de plantas recém-habilitadas para exportar ao país asiático. O evento será a partir das 10h no horário local (11h de Brasília) em uma unidade da fábrica da JBS em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

 

A planta é uma das 38 habilitadas pela China em 12 de março. Entre elas, são 24 de processamento de bovinos, oito de frangos, além de um de termoprocessamento e cinco entrepostos. Antes da lista recente, o Brasil tinha 106 plantas habilitadas para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos e 17 de suínos.

Safra de grãos 2023/2024 está estimada em 294,1 milhões de toneladas, anuncia Conab

 

A sétima estimativa da safra de grãos 2023/2024, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (11), aponta que a produção de grãos no país deverá atingir um total de 294,1 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 8% à obtida na temporada passada, ou seja, 25,7 milhões de toneladas a menos a serem colhidas. Com uma área estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a quebra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país. Isso impactou na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare para 3.744 kg/ha.

 

Com a entrada da fase final da colheita das culturas de primeira safra, as atenções se voltam ao desenvolvimento das lavouras de segunda e terceira safra, bem como às culturas de inverno. O comportamento climático continua como fator preponderante para o resultado final do atual ciclo. Comparativamente à previsão anterior da Companhia, divulgada no início de março, há uma redução na produção total de 1,52 milhão de toneladas, com as maiores quedas observadas no milho, 1,79 milhão de toneladas, e na soja, 336,7 mil toneladas. Por outro lado, arroz, algodão, gergelim, sorgo, e, principalmente, feijão apresentam perspectivas de aumento de produção em relação ao último levantamento.

 

Com os trabalhos de colheita avançados nos principais estados produtores, atingindo em torno de 76,4% da área cultivada no país, a estimativa de produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, redução de 5,2% sobre a safra anterior. Tal redução se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste e Sudeste, ocasionando atraso do plantio e perdas na produtividade.

 

Principal cultura cultivada na segunda safra, o milho tem produção total estimada em 110,96 milhões de toneladas. De acordo com o Progresso de Safra, publicado pela Conab nesta semana, os trabalhos de colheita da primeira safra do cereal, quando é esperada uma produção de 23,36 milhões de toneladas, atingem 51% da área cultivada. Já a semeadura da segunda safra está praticamente finalizada. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, assim como em Goiás e Minas Gerais. Porém, em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a redução das precipitações em março provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas, comprometendo o seu potencial produtivo. Nas demais regiões produtoras, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, apesar do atraso no plantio. A estimativa para a segunda safra de milho está em 85,62 milhões de toneladas.

 

No caso do feijão, que possui 3 ciclos de cultivo dentro da temporada, a expectativa é que a segunda safra tenha um acréscimo de 18,4% na produção, com uma colheita estimada em 1,5 milhão de toneladas. Esse bom desempenho contribui para o abastecimento interno de um importante produto consumido pelos brasileiros, uma vez que a atual estimativa para a leguminosa é de uma produção total de 3,2 milhões de toneladas. Também é verificado um cenário de recuperação para o arroz. Com a área de plantio estimada em 1,5 milhão de hectares, 4,4% superior à da safra anterior, estima-se uma produção em 10,57 milhões de toneladas, 5,3% acima da obtida no ciclo anterior.

 

A área cultivada de algodão também registra crescimento, passando de 1,7 milhão de hectares para 1,9 milhão de hectares, justificado principalmente pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras e a previsão é que sejam colhidas cerca de 3,6 milhões de toneladas de pluma, alta de 13,4%. Para o trigo, a estimativa atual indica uma produção de 9,73 milhões de toneladas.

Mercado – Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de exportação para o milho na safra 2023/24, uma vez que a produção total do cereal foi reduzida. Com isso, a nova expectativa é de um volume de 31 milhões de toneladas embarcadas, volume 43,3% inferior ao obtido no ciclo passado. Já o consumo interno está projetado em torno de 84 milhões de toneladas do grão.

 

No caso do feijão, o aumento na produção possibilita um incremento no estoque de passagem da leguminosa. Já para o arroz as projeções no quadro de suprimentos permaneceram praticamente estáveis, com a Companhia estimando uma expansão do consumo nacional para 10,5 milhões de toneladas.

 

Clique aqui e confira as informações das principais culturas cultivadas no país no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024.

Expogrande recebe Encontro de Lideranças da Suinocultura nesta quinta-feira

 

Nesta quinta-feira, 11, a Expogrande abrirá espaço para a suinocultura de Mato Grosso do Sul. A partir das 10h30, acontecerá o II Encontro de Lideranças da Suinocultura de MS, reunindo parlamentares, representantes do governo do estado, prefeitos, instituições financeiras e produtores rurais de diversas regiões do estado. O intuito do evento é debater o desenvolvimento do setor.

 

Esta será a segunda edição o evento e debaterá, principalmente, a sustentabilidade da cadeia, por meio do PAS – Programa Asumas de Sustentabilidade, lançado no ano passado, que tem por objetivo a promoção de melhorias no desempenho ambiental, econômico e social da cadeia produtiva, desenvolver tecnologias e subsidiar políticas públicas que promovam a sustentabilidade.

 

“É um espaço democrático para mantermos o alinhamento com formadores de opinião e autoridades sul-mato-grossenses sobre a suinocultura. No evento atualizamos os dados do setor, para que todos entendam o desempenho da suinocultura, bem como os caminhos e as estratégias adotadas até aqui. Da mesma forma, são alinhadas ações futuras, para que a produção de suínos avance de forma sustentável”, explica o presidente da Asumas, Milton Bigatão.

 

O evento é gratuito e acontecerá no Tatersal II. O Programa Asumas de Sustentabilidade será apresentado pelo diretor da Associação, Neimar Bezerra de Oliveira.

 

 

Fonte: Acrissul

Pavilhão da Asmaco apresenta animais de diversas raças de ovinos na Expogrande

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Com espaço maior e reformado desde a última edição da Expogrande, o tradicional pavilhão da Asmaco (Associação Sul-Mato-Grossense de Criadores de Ovinos), reúne aproximadamente 100 animais de sete espécies ovinas. A estrutura desperta a curiosidade dos visitantes e também a de compradores que devem injetar aproximadamente R$ 250 mil na economia durante a Expogrande 2024.

 

Mesmo diante da crise no agronegócio, o presidente da associação, Fabio Miranda Mori, conhecido popularmente como “Vermelho”, está otimista em relação à comercialização de animais melhorados geneticamente.

 

“Apesar da visitação ser maior que a parte de venda, esta semana o movimento surpreendeu bastante e tivemos mais procura por algumas espécies. O diferencial deste ano é o investimento na qualidade genética dos animais. As baias estão cheias e com raças que vem crescendo no estado”, diz o representante.

 

Montada ao lado da administração da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), o pavilhão movimentou em 2023 mais de R$ 250 mil com a venda de 50 reprodutores. A Associação possui diversos produtores de cordeiro, sendo a grande maioria em genética. O pavilhão conta com sete expositores associados.

 

“Cada criador é responsável pelos animais. A Asmaco está oferecendo o “volumoso”, uma mistura de feno e silagem de graça para os animais, além da troca de água pelos estagiários dos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Temos funcionários da associação que ficam 24hs para cuidar dos bichos”, pontua.

 

Dentre as raças apresentadas na exposição estão: Santa Inês, Texel, Suffolk, Dorper, Hampshire Down,  Bergamácia.

 

Raça francesa

 

A Ile de France, raça de ovinos originária da França, apresenta animais de grande porte, com constituição robusta e conformação harmoniosa, típica de um animal produtor de carne. Produz uma carcaça pesada, de excelente qualidade.

 

É bastante precoce. Os cordeiros apresentam bom ganho de peso: 23,2 kg aos 70 dias. Ovelhas adultas pesam cerca de 80 kg; o peso dos carneiros varia entre 110 e 160 kg. Raça muito prolífera, atingindo médias de nascimentos de 160%.

 

Criador de ovinos há quase 30 anos, Jorge Tupirajá é referência na produção da Ile de France e diz que está com boas expectativas de negócios.

 

“O espaço está maior e conseguimos acomodar mais animais e temos um cuidado específico no trato deles. A Expogrande é uma oportunidade para mostrar todo o potencial da raça”, destaca o ovinocultor.

 

Confira o cronograma de eventos

 

Boas práticas da agropecuária, novas tecnologias, palestras técnicas no dia 12/04/2023.

 

07h30min – Recepção e credenciamento

 

08h – Conheça a Asmaco – Associação Sul-Mato-Grossense de Criadores de Ovinos

 

09h – Cuidados com o cordeiro: do nascimento a desmama

 

10:00 – Assistência Técnica e Gerencial na ovinocultura: o case de sucesso do cordeiro “Do Patron”

 

11h – Desossa de carcaça ovina e degustação de cordeiro “Do Patron”

 

 

Fonte: Acrissul

El Niño afeta a produção de sementes na Região Sul do Brasil, segundo a Embrapa Trigo

 

O excesso de chuvas, induzido pelo El Niño na última safra, ocasionou perdas na produção de grãos e forragens na Região Sul. Além de perdas quantitativas, o setor sementeiro avalia agora as perdas qualitativas, já que muitas áreas de multiplicação não atingiram os parâmetros específicos para a comercialização de sementes.

 

“O ambiente quente e úmido do inverno e primavera de 2023 afetou tanto a qualidade fisiológica das sementes, como a qualidade sanitária. As condições ambientais favoreceram as doenças na espiga e, ao mesmo tempo, dificultaram o seu controle, já que em muitos casos o excesso de chuvas impediu a entrada de máquinas nas lavouras para aplicação de fungicidas. Além disso, o excesso de chuvas na época de colheita acelerou a deterioração das sementes”, conta Vladirene Vieira do setor de produção de sementes Embrapa Trigo.

 

No trigo, a quebra na produção de sementes chegou a 50% no Rio Grande do Sul. Segundo a Apassul, para a safra 2024, estarão disponíveis 138 mil toneladas de sementes certificadas de trigo, volume suficiente para abastecer uma área de cultivo próxima a um milhão de hectares no RS. A taxa de uso de semente certificada nesta safra está estimada em 78%, a maior da história já registrada pela Apassul, indicando que o uso de semente salva não será significativo, justamente pelo risco de investir em semente de baixa qualidade.

 

“No ano passado, a taxa de uso de semente certificada foi de 58% no RS. A supersafra de 2022, tanto em produtividade quanto em qualidade, foi um estímulo ao agricultor para guardar semente para 2023. Na contramão, no ano de 2023 tivemos uma das piores safras de trigo, considerando que o agricultor não possui equipamentos específicos para produção de sementes, teremos redução significativa de grãos salvos”, explica o diretor executivo da Apassul, Jean Cirino.

 

Para estimar os impactos de um possível aumento no preço das sementes nesta safra, em função da oferta menor do que a demanda, a equipe de transferência de tecnologias da Embrapa Trigo consultou algumas cooperativas gaúchas e avaliou que, dentro das planilhas de custos de produção, o preço do saco de sementes de trigo 40kg está variando de R$ 130 a R$ 150, pouco acima dos R$ 120/sc praticados na safra passada. “Na safra 2023, houve uma grande oferta de sementes no mercado que causou a queda nos preços. Neste ano, a oferta de sementes é mais restrita, a relação oferta-demanda está bem ajustada”, observa Jean Cirino.

 

No Paraná, a quebra está estimada em 20%, contabilizando que deixarão de entrar no mercado cerca de 30 mil toneladas de sementes de trigo por falta de qualidade. A previsão da Apasem é que o setor sementeiro vai garantir produção para cobrir 1,1 milhão de hectares com trigo no Paraná. “Acreditamos que a redução na oferta de sementes vai acompanhar a menor intenção de cultivo do trigo por parte do produtor paranaense. A redução na cotação do trigo e as incertezas com o clima para o próximo inverno, deixaram o produtor mais cauteloso com a safra de inverno”, avalia o diretor executivo da Apasem, Jhony Moller.

 

O milho segunda safra, tradicional concorrente do trigo na metade norte do Paraná, não deverá avançar novamente, repetindo a área de 2,4 milhões de hectares em 2024, não impactando no cultivo do trigo na região. Porém, está previsto um aumento de 33% na área de feijão segunda safra, ocupando o espaço que no ano anterior foi utilizado pelos cereais de inverno. A previsão do Deral é uma redução de 17% na área com trigo no Paraná.

 

Falta de sementes de forrageiras

 

O mercado enfrenta também a falta de sementes para a implantação de pastagens. A estimativa da Sulpasto é que a oferta de sementes de aveia preta seja reduzida em 40% e no azevém a oferta é até 80% menor em relação ao ano passado. “A maioria dos produtores de sementes forrageiras também são produtores de grãos, então com a janela curta para fazer o manejo nos cereais de inverno, o produtor teve que optar pelo maior potencial de retorno e escolheu ‘salvar’ os grãos”, conta o presidente da Sulpasto, Cláudio Lopes. Segundo ele, os produtores que conseguiram colher mais cedo, até tiveram resultados satisfatórios, mas as forragens mais tardias, como o azevém colhido em novembro/dezembro, sofreram perdas generalizadas no Rio Grande do Sul.

 

Os gaúchos até tentaram recorrer às importações, comprando sementes forrageiras do Uruguai e da Argentina, mas também nos países vizinhos houve frustração de safra, implicando em escassez de sementes, além de problemas internos no Brasil, como a greve dos fiscais agropecuários, o que está atrasando a liberação dos lotes. “Acreditamos que apenas 30% do volume importado vai chegar a tempo para implantação das forrageiras na época indicada”, avalia Lopes.

 

Com a procura aquecida, os preços de sementes forrageiras seguem em alta. Enquanto na safra passada era possível adquirir aveia preta a R$ 0,88/kg, hoje o valor chega a R$ 4,00/kg (base Passo Fundo, RS). Como alternativa à escassez de aveia preta e azevém, Cláudio Lopes recomenda ao produtor investir em aveia branca e outros cereais de inverno que podem ser utilizados como forragem. “O impacto na oferta de forragens não deverá ser maior em função da queda no preço do gado, o que reflete na diminuição dos rebanhos”, lembra Lopes, ressaltando que “ainda é cedo para definir cenários, mas certamente haverá uma movimentação no setor para minimizar os efeitos de longo prazo causados pelo clima”.

 

Também no Paraná, a falta de sementes forrageiras deverá afetar os rebanhos, aumentando os custos de produção especialmente na região Sudoeste, onde está a principal bacia leiteira do Estado, e na atividade pecuária dos Campos Gerais. “O déficit nas sementes forrageiras vai afetar a produção de feno e silagem para a alimentação animal, bem como a cobertura de solo em muitas propriedades que costumam utilizar aveia preta. Alternativas existem para não deixar o solo descoberto, como a braquiária e o nabo, mas o custo acaba sendo maior”, esclarece Jhony Moller, da Apasem.

 

 

Cuidados para reduzir problemas na lavoura

 

O uso de sementes de qualidade é fundamental para assegurar o potencial de produção, garantindo o estabelecimento adequado da lavoura de grãos ou forragens. Uma lavoura de produção de sementes deve seguir uma série de normas e regras estabelecidas por legislação própria do MAPA, as quais atestam a qualidade das sementes, formada por atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários. Essas características vão garantir que o agricultor adquira sementes puras, sem misturas varietais ou com quaisquer outro material inerte, sadias e com bom potencial de estabelecimento das plântulas na lavoura.

 

Contudo, assim como a lavoura de grãos, a produção de sementes também sofreu com os impactos do clima em 2023. Entre os principais problemas que podem estar relacionados ao El Niño estão a menor qualidade fisiológica e a incidência de doenças.

Em função do clima adverso, as sementes podem estar infectadas com microrganismos que causam doenças nos cereais de inverno. Para evitar prejuízos, é indicado o tratamento de sementes com fungicidas que protegem a plântula da ação de agentes patogênicos, como fungos alojados no solo ou na própria semente. Dependendo do produto e a relação com a praga e doença visados, o tratamento de sementes nos cereais de inverno garante proteção das plantas contra fungos e pragas de solo por até 60 dias após a semeadura, favorecendo o desenvolvimento inicial da lavoura.

 

“O tratamento de sementes vai viabilizar a qualidade sanitária da lavoura no início do ciclo da cultura, evitando o surgimento de focos iniciais de doenças e sua distribuição pela lavoura” avalia o pesquisador João Leodato Nunes Maciel, lembrando que o tratamento de sementes também deverá significar redução nas aplicações aéreas de fungicidas nas plantas em fases mais adiantadas de desenvolvimento, impactando nos custos da lavoura. Na comparação, o custo de tratamento de sementes com fungicidas representa de 30% menos do que o custo de uma aplicação aérea.

 

Além da qualidade, a quantidade de sementes é um critério que merece atenção na semeadura. É preciso evitar o uso de quantidades muito abaixo do ideal ou excessos que implicam em aumento de custos e podem resultar em acamamento. A orientação da Embrapa Trigo é verificar sempre a informação fornecida pela empresa que desenvolveu a cultivar (o obtentor), empregando a quantidade de sementes indicada, considerando variações de acordo com a região, a época de semeadura e o histórico da área.

 

“Estamos enfrentando um ano atípico, com muitos desafios ao produtor, que vai precisar mostrar profissionalismo para alcançar resultados positivos até o final da safra”, conclui o executivo da Apasem, Jhony Moller.

 

Embrapa

Foto: Diogo Zanatta

Pesquisadores validam técnica que viabiliza semear pastagens na lavoura de soja

 

Pesquisadores da Embrapa acabam de validar o Antecipasto, um sistema de consorciação soja e forrageira para ser adotado em sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP). Com apoio da Fundação Agricultura Sustentável (Agrisus) e da Jarbas Barbosa Agricultura e Pecuária (JBAPec), a tecnologia foi testada em propriedades rurais de Mato Grosso do Sul com bons resultados. No Antecipasto, parte do período do plantio da forrageira ocorre em cultivo consorciado na entrelinha da soja, antecipando a formação de pastagem, sem causar redução da produtividade de grãos da oleaginosa. Pesquisadores veem oportunidades de validação do Antecipasto nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Roraima, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia.

 

 

Para os pecuaristas, a solução pode amenizar a falta de pasto na estação seca, o atraso no estabelecimento de pastagens e o insucesso na sua formação. Já para os agricultores, é uma possibilidade real para abrir novas áreas com sistemas integrados de produção, assim como aquisição de terras a valores acessíveis e potencial agrícola, além de melhorias nas condições do solo. “É uma tecnologia que não compromete o rendimento de grãos da soja, intensifica a produção e antecipa a formação de pastagem e o pastejo”, define o pesquisador Luís Armando Zago, da Embrapa Agropecuária Oeste.

 

O sistema ainda é recomendado para os produtores rurais que já utilizam ILP, nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, e necessitam de produção de forragem na época mais crítica do ano: a estação seca/inverno, para alimentação animal.

 

Pesquisadores da Embrapa acabam de validar o Antecipasto, um sistema de consorciação soja e forrageira para ser adotado em sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP). Com apoio da Fundação Agricultura Sustentável (Agrisus) e da Jarbas Barbosa Agricultura e Pecuária (JBAPec), a tecnologia foi testada em propriedades rurais de Mato Grosso do Sul com bons resultados. No Antecipasto, parte do período do plantio da forrageira ocorre em cultivo consorciado na entrelinha da soja, antecipando a formação de pastagem, sem causar redução da produtividade de grãos da oleaginosa. Pesquisadores veem oportunidades de validação do Antecipasto nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Roraima, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia.

 

 

Para os pecuaristas, a solução pode amenizar a falta de pasto na estação seca, o atraso no estabelecimento de pastagens e o insucesso na sua formação. Já para os agricultores, é uma possibilidade real para abrir novas áreas com sistemas integrados de produção, assim como aquisição de terras a valores acessíveis e potencial agrícola, além de melhorias nas condições do solo. “É uma tecnologia que não compromete o rendimento de grãos da soja, intensifica a produção e antecipa a formação de pastagem e o pastejo”, define o pesquisador Luís Armando Zago, da Embrapa Agropecuária Oeste.

 

O sistema ainda é recomendado para os produtores rurais que já utilizam ILP, nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, e necessitam de produção de forragem na época mais crítica do ano: a estação seca/inverno, para alimentação animal.

 

Do Japão para o MS: filha assume legado do pai e se tornou pecuarista com ajuda do Senar/MS

 

Quando foi para o Japão em busca de melhores oportunidades de trabalho, Sonia não imaginava que os caminhos seriam outros. Após a experiência na terra do sol nascente, retornou ao Brasil a pedido do pai para assumir a propriedade rural da família. Desde 2015, a pecuarista tomou as rédeas da fazenda, atingindo números satisfatórios através da Assistência Técnica e Gerencial em Bovinocultura de Corte do Senar/MS. É essa história do #TransformandoVidas de sexta-feira (5) da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul).

 

 

 

Sonia Teramachi se mudou para o Japão no início dos anos 90. Desde que foi para o país asiático, sempre voltava para visitar a família, que cuidava de uma propriedade rural de pecuária de corte em Ivinhema. Porém, em 2015 ela retornou de vez por motivos de saúde. O pai que sempre conduziu os trabalhos no campo ficou doente e pouco tempo depois faleceu. A vontade do patriarca era que a Sonia assumisse a liderança da fazenda.

 

 

“O meu pai sempre trabalhou no sítio com a minha mãe e ele tinha um amor muito grande por essa terra. Então já que ele confiou em mim, eu achei que deveria seguir em frente, sabendo ou não, eu precisava continuar o desejo do meu pai”, conta Sonia.

 

Mesmo inexperiente, Sonia continuou com os ensinamentos que adquiriu com os pais. Com mais erros do que acertos, ela percebeu que precisava mudar as ações práticas na propriedade com mais modernidade e precisão. Foi nesse momento que a pecuarista conheceu a Assistência Técnica e Gerencial em Bovinocultura de Corte do Senar/MS.

 

“Com o Senar eu consegui aumentar a minha produtividade, conheci técnicas que melhoraram o manejo, aprendi mais sobre a inseminação artificial e estação de monta. Tudo isso colaborou para que os resultados positivos começassem aparecer”.

 

No sítio é realizado o ciclo completo da pecuária de corte: cria, recria e engorda. Em dois anos, por exemplo, Sonia viu aumentar o rebanho em 5%, saltando de 383 animais para 403. Números que comprovam uma pareceria de sucesso entre a pecuarista e o Senar/MS.

 

“Eu dei uma bela organizada aqui no sítio. Com certeza eu não conseguiria se não fosse a ajuda do Senar aqui comigo e também toda a atenção do técnico Evandro, que trouxe todo o conhecimento e ações que hoje a gente conseguir aplicar por aqui”, conclui Sonia.

 

Transformando Vidas 

Toda sexta-feira o Sistema Famasul divulga uma reportagem sobre a atuação do Senar/MS e as suas transformações no Campo. Confira outras histórias de sucesso no canal do Youtube e no site.

 

Fonte: Famasul

 

Estande do Estado na Expogrande une tecnologia e interatividade com cadeia produtiva

 

Aliando tecnologia e inovação o estande do Governo do Estado abre um leque de possibilidades para quem deseja conhecer as ações voltadas para incrementar a agropecuária do Estado.
Coordenado pela Iagro, vinculada à Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o estande emprega a tecnologia de realidade virtual para transformar a educação sanitária, além de ter a meta de virar um ponto de encontro das cadeias produtivas do Estado.

 

 

O objetivo é criar experiências imersivas que permitem aos usuários visualizar cenários complexos de saúde animal e vegetal de uma maneira intuitiva e interativa.

 

O espaço, além de oferecer um segmento educativo para crianças sobre defesa sanitária, permite uma experiência imersiva por meio de Óculos VR, proporcionando aos visitantes uma viagem virtual ao habitat dos morcegos e elucidando sobre a praga caruru palmeri, bem como as práticas apropriadas para o armazenamento de embalagens de agrotóxicos.
Ontem na abertura da Expogrande, inúmeras autoridades estiveram no estande para conhecer as inovações. O óculos VR foi uma das novidades que mais chamou a atenção das autoridades que passaram no local, como o governador Eduardo Riedel, o secretário de Estado, Jaime Verruck, o diretor-presidente da Funtrab, Ademar Silva Jr, e várias autoridades, que puderam curtir a experiência.

 

Hoje também teve início o “Iagrocast”, um podcast da Iagro em parceria com a TVE, trazendo discussões com temas ligados à agropecuária e sustentabilidade lideradas pelo apresentador e médico-veterinário Osmar Bastos.  A meta é integrar tecnologia, educação e interatividade ao estande. “Queremos criar uma experiência rica e envolvente. Nosso objetivo é mais que informar; é engajar e conectar profundamente a comunidade agropecuária e o público com a importância crítica da defesa sanitária e da segurança dos alimentos, destacando nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade no setor”, frisa o presidente Daniel Ingold.

 

Servidores da Iagro que vão atuar nos dias do evento recebendo o público da Expogrande foram recebidos pelo vice-presidente da entidade, Cristiano Moreira

 

Encontro das cadeias produtivas

 

Além disso o estande será palco para pautas de desenvolvimento do Governo do Estado. Na próxima semana, haverá dias específicos para debate de cadeias produtivas com a participação de organizações importantes como a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), representantes do  Programa Estadual de Incentivo à Produção Pecuária de Qualidade de Mato Grosso do Sul (Precoce MS), Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul (Avimasul), Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas).

 

Secretário Jaime Verruck e Daniel Ingold observam governador vivenciando a realidade virtual que simula o trabalho dos fiscais em meio a plantação de soja

 

No dia 12 de abril, o governador Eduardo Riedel juntamente com secretários estaduais e lideranças de fundações e autarquias marcará presença no evento novamente, despachando dali durante todo o dia, além de recepcionar produtores rurais, representantes de entidades, empresários e cidadãos. A Expogrande 2024 segue até o próximo dia 14, um domingo.

Produtor rural deve se programar para o inverno, alerta assistência técnica do Senar/MS

 

Durante o verão, a agricultura passou por problemas com a nova onda de calor, a irregularidade das chuvas e o ataque das lagartas das pastagens. Mas, na pecuária existe um fator restritivo para os bovinos durante o ano, o outono. Esse período de transição que antecede a seca, exige uma atenção das propriedades rurais, pois as pastagens apresentam características distintas na transição do período chuvoso e das secas.

 

De acordo com o coordenador da ATeG em bovinocultura de corte, Fabiano Pessatti, é fácil observar com a diminuição das chuvas e a aproximação do inverno, a mudança gradativa nas pastagens. “A produtividade dos pastos diminui, as folhas começam a amarelar e a secar, em determinados casos, observa-se a presença de sementes nas pastagens”, explica.

 

Diante dessa situação, a Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS (ATeG) listou estratégias viáveis para estiagem que é recorrente nessa época do ano. O uso de suplementação mineral adequada para cada categoria de animal, a suplementação proteica e proteico energético, a terminação intensiva a pasto, a recria intensiva a pasto, o planejamento forrageiro como métodos de conservação de volumosos e até a opção dos serviços de engorda terceirizada em boitel, são as mais recomendadas para manter a saúde econômica e a rentabilidade da propriedade de gado de corte nessa época desafiadora para o produtor.

 

Técnicas como a Recria Intensiva a Pasto (RIP) e a Terminação Intensiva a Pasto (TIP), são estratégias que buscam maximizar o ganho de peso dos bovinos durante a época de seca. Ambas consistem em concentrar os animais em áreas reduzidas de pasto, onde recebem suplementação alimentar adequada para suprir as deficiências nutricionais.

 

Além disso, tecnologias como o diferimento de pastagem, produção de silagem, feno e feno pré-secado podem ajudar a conter os problemas causados pela seca. “Por essa razão é necessário um planejamento forrageiro e nutricional adequado a realidade de cada propriedade, para evitar sofrimento com a redução da produtividade e o aumento no tempo de permanência dos animais na fazenda, fazendo com que o produtor gaste além do planejado”, finaliza, Pessatti.

 

Fonte: Famasul