Aveia, trigo e triticale são opções para agricultor diversificar culturas no inverno

A rotação de culturas é importante para manter o solo protegido durante o inverno. A explicação foi dada pelo pesquisador da Fundação MS, André Ricardo Gomes Bezerra, durante o Dia de Campo Culturas de Inverno, realizado pela Fundação MS em parceria com o Senar-MS, na cidade de Maracaju, na última terça-feira (15). O evento, destinado a produtores, técnicos, acadêmicos e demais profissionais ligados ao setor, trouxe como exemplos a aveia, trigo e triticale, como opções que podem trazer resultados lucrativos ao agricultor.

 

Conforme o especialista, entre as alternativas, está a aveia branca, que auxilia a condição física do solo e pode resultar em ganhos voltados para as próximas safras de soja e milho, podendo ser utilizada, ainda, como forrageira. Além disso, outros exemplos são citados, como o nabo forrageiro, ervilhaca peluda e crambe, também comuns no período de inverno e que podem ser usados como reciclador de nutrientes. “Entretanto, a cadeia produtiva de algumas dessas culturas ainda possuem gargalos a serem superados, como por exemplo, a comercialização”, pontua.

 

O pesquisador destaca, ainda, que essas culturas alternativas, em um ano que o milho apresenta preços baixos, pode ser uma estratégia para que o produtor melhore suas receitas. “Com isso é possível melhorar o solo, e o produtor pode aplicar determinadas técnicas visando beneficiar a produção da safra seguinte e também mais estabilidade em sua atividade”, observa.

 

As culturas de trigo e triticale também foram temas abordados no evento. Ambas são utilizadas para cobertura de solo neste período, com maiores possibilidades de ganhos econômicos. Ajudam, ainda, no controle da buva e de outras plantas invasoras, que podem se desenvolver nesta época.

 

Para o presidente da Fundação MS, Luciano Mendes, o Dia de Campo possibilita ao produtor rural o acesso a várias opções de cultivo, com base na realidade de sua propriedade, além de conhecer tecnologias e materiais adequados para o plantio. “Diversificar a produção é uma das formas de minimizar os riscos que existem nas atividades feitas em campo. O evento vem justamente com esse objetivo, de fornecer informações atualizadas, frutos do trabalho realizado pelos pesquisadores da área”, conclui.

 

Fonte: Fundação MS

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