Com incentivos piscicultura estadual cresce e novos polos de produção são reativados

Mato Grosso do Sul já produziu neste ano mais de 42 mil toneladas de peixes e deve fechar 2022 com 55 mil toneladas de pescado, reativando novos polos na região sul do Estado. Isso deve garantir um aumento de 48% na produção somente neste ano em relação a 2021. A força da piscicultura estadual e as políticas de incentivos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) foram destacados nesta quarta-feira (31) durante a abertura da 19ª Semana do Pescado no Bioparque Pantanal.

“Mato Grosso do Sul vem vivendo um crescimento muito grande na produção da piscicultura do Estado. Nós passamos de um volume de 37 mil toneladas em 2021 com a expectativa de fechar este ano com 55 mil toneladas de peixes”, salientou o superintendente de Agricultura e Pecuária da Secretária de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta, durante a abertura da 19ª Semana do Pescado em Mato Grosso do Sul.

O evento foi aberto nesta quarta-feira e terá festival gastronômico, dia de campo, feira e palestras. O evento está na 19ª edição e ocorre em âmbito nacional, sempre na primeira quinzena de setembro, com o objetivo de incentivar o consumo de pescado.

De acordo com Rogério Beretta, a produção estadual tem destaque na tilápia, mas o Estado também tem programa forte de incentivar a piscicultura de espécies nativas. “Temos um programa muito forte de incentivo à produção, com uma cadeia produtiva de destaque na Costa Leste. A criação dos peixes em tanques-redes no lago do rio Paraná. Agora tivemos um fator novo e muito importante que é a aquisição do frigorífico Mar & Terra, de Itaporã, pela Bello Alimentos. Este é um processo inovador de integração na piscicultura. Com isso essa região que estava um pouco parada na questão da piscicultura, voltará a se desenvolver reativando propriedades que estavam desativadas”, citou o superintendente. Com isso a produção, hoje, na região de Itaporã e Dourados, já está acessando o mercado externo.

Incentivos

O Governo do Estado oferece incentivos robustos tanto para as indústrias quanto ao produtor para entrar na atividade. “O Governo do Estado já tem um programa que concede incentivos a indústria muito forte. Condições estabelecidos que os empresários já conhecem. Mas também temos o Pro-Peixe, que incentiva a produção de peixes por parte do piscicultor. Um incentivo financeiro que é pago diretamente ao produtor no momento do abate do peixe”, destacou.

O incentivo, segundo Beretta, é equivalente a 50% do ICMS. “O incentivo é pago pela indústria ao produtor a partir de parâmetros de eficiência que ele consegue atingir no Pro-Peixe, parâmetros definidos pelo Governo do Estado”, acrescentou.

Para o superintendente a cadeia ainda tem muito fôlego para avançar. “Nós temos toda a bacia do rio Paraná pra desenvolver a piscicultura e temos também logicamente toda a bacia do rio Paraguai que a gente acredita num potencial muito grande desse desenvolvimento da produção de peixes aqui”, enfatizou.

As exportações também foram destacadas pelo superintendente. “Ficamos apenas atrás do Paraná em produção. Mas em exportação de tilápia exportamos o filé de tilápia para os Estados Unidos e outros países, alcançando o maior volume de exportação de peixes resfriados”, analisou.

Segundo o Informativo de Comércio Exterior da Piscicultura, feito pela Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), Mato Grosso do Sul exportou 1.076 toneladas que geraram receita de US$ 3,6 milhões no primeiro semestre do ano.

Dados da produção

Em 2021, Mato Grosso do Sul produziu 37.400 toneladas: sendo 34.450 toneladas de tilápia, 2.800 toneladas de peixe nativos e 15 toneladas de outras espécies. Para 2022, a meta é produzir 55.000 toneladas. O aumento de produção deve-se aos investimentos em pesquisa e tecnologia. No Estado existem atualmente 25 plantas de frigorífico/abatedouro, ativos e temporários, operando de 60% da sua capacidade instalada.

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