Mapa e Autoridade Indonésia definirão prioridades do comércio agrícola dos países

Seguindo as tratativas para a ampliação de acordos comerciais e de cooperação técnica na área da agropecuária, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, junto com a delegação brasileira, se reuniu com o ministro da Autoridade de Quarentena da Indonésia, Sahat Manaor Panggbean, e sua equipe na tarde desta terça-feira (31), em Jacarta.

 

Durante o encontro, foram elencadas as prioridades comerciais de ambos os países. O Brasil aguarda a análise para a exportação de uva, maçã e citrus, entre outros produtos. Além disso, a Indonésia aguarda a análise para a importação de mangostão e pitaya.

 

O ministro Fávaro afirmou que o Mapa está trabalhando para a liberação da importação e que é de interesse brasileiro o aumento das exportações. E que ao final da missão espera que aumente os laços comerciais e de oportunidades.

 

“Nossa equipe está providenciando as análises de risco sanitário do mangostão e pitaya para que possamos liberar essa importação o mais rápido possível, que é de interesse brasileiro”, afirmou Fávaro.

 

Recém aberto, o mercado indonésio para a importação do gado brasileiro, o ministro Sahat informou que aguarda apenas um decreto ministerial para determinar quais empresas estarão habilitadas à comercialização, ampliando as negociações entre os países.

 

Além disso, a Autoridade de Quarentena da Indonésia se propôs a integrar o Grupo de Trabalho criado entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura da Indonésia coordenando a discussão sobre quais produtos poderão ser exportados pelos países com mais eficiência.

 

Sustentabilidade

A aposta em energias limpas e renováveis é um ponto de convergência entre Brasil e Indonésia e foi um dos temas tratados durante a reunião.

 

Após o entendimento para a cooperação rumo à autossuficiência na produção de cana de açúcar indonésia, as autoridades pediram apoio brasileiro em relação ao óleo de palma, detalhando que se trata de opção de combustível renovável, verde e com captura de carbono nas florestas.

 

“Nós não queremos a destruição das nossas florestas. Ninguém melhor que os nossos produtores para saber como produzir com sustentabilidade em nossos países”, declarou o ministro Carlos Fávaro, reforçando a convergência entre os países sul americanos e sul asiáticos na construção de uma nova geopolítica econômica.

 

O ministro Sahat agradeceu o tratamento igualitário que o Brasil ofereceu ao país na questão e afirmou que dará continuidade aos assuntos tratados durante o encontro.

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