Consórcio milho-guandu aumenta teor de proteína em até 50% na alimentação animal

Milho e feijão-guandu: ''parceria'' que dá certo (Foto: Alexandre Agiova/Embrapa)
Milho e feijão-guandu: ”parceria” que dá certo (Foto: Alexandre Agiova/Embrapa)

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O inverno está à porta. Os pastos empobrecem em nutrientes. A dieta do rebanho perde a qualidade e manter os índices de produtividade da época das águas não é fácil. Quem opta pela silagem como estratégia para a produção de leite, carne ou lã nesse período sabe o quanto um alimento nutritivo faz a diferença na balança. De olho no problema, pesquisadores da Embrapa resolveram incrementar a nutrição animal adicionando feijão-guandu à silagem de milho.
Os dados iniciais em experimentos conduzidos na Embrapa em Campo Grande (MS) indicam que a adição entre 10 e 20% de guandu ao milho é capaz de aumentar o índice de proteína bruta na alimentação dos bovinos em até 50%, ou seja, alimentados com essa mistura, as probabilidades de ganho de peso aumentam. Dessa forma, o consórcio milho-guandu produzido em sistemas integrados torna-se uma fonte de alimento para o período da seca.
“No volumoso de milho solteiro, o nível de nutrientes digestíveis totais (NDT) é de 61% e a proteína, 9%. Com a adição de 10% de guandu, o NDT cai para 58%, mas a proteína bruta sobe para 11,5%. Já com 20% da leguminosa, o NDT vai para 57% e a proteína atinge 13,5%. Consideramos a faixa entre 10 e 20% ideal, com aumento no valor da proteína em até 50%, o ganho proteico é maior do que a perda de energia”, explica José Alexandre Agiova da Costa, pesquisador da Embrapa.
Os efeitos da adição de guandu na silagem foram avaliados durante o doutorado da bolsista Andreia da Cruz Quintino, da Universidade Federal do Mato Grosso, e acompanhados pelos pesquisadores Roberto Giolo de Almeida, Ademir Hugo Zimmer e Alexandre Agiova.
Fonte: Embrapa Gado de Corte

Tabapuã confirma presença na 23ª ExpoSul em Chapadão do Sul

Tabapuã marca presença nas feiras pelo Brasil  (Foto: Divulgação/ABCZ)
Tabapuã marca presença nas feiras pelo Brasil (Foto: Divulgação/ABCZ)

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Durante a ExpoSul em Chapadão do Sul (MS), dez reprodutores da raça Tabapuã, da Fazenda Gê 05 de São Gabriel do Oeste/MS,  estarão presentes. No dia 06 de junho, participarão do Leilão Reprodutores Tabapuã às 19h30, no Parque de Exposições do Sindicato Rural.  João Trivelato e a esposa Gerusa Trivelato, proprietários da Fazenda Gê 05, começaram a criar a raça Tabapuã em 2008 em parceria com a Fazenda Água Milagrosa, pioneira na criação do Tabapuã.  A propriedade é a única da região Norte do Estado a trabalhar com a raça específica, tratando-se de uma raça zebuína nova, precursora, de fácil manejo e com precocidade.

O rebanho do casal começou com 20 matrizes e atualmente conta com 150, objetivando uma meta de alcançar 250. Através de um trabalho de qualidade o TABAPUÃ DA GÊ oferece ao pecuarista a melhor genética com credibilidade e garantia do produto. Disponibilizando reprodutores e matrizes de alto nível para a comercialização. Os bezerros nascidos na fazenda são filhos de inseminação artificial dos maiores reprodutores da raça e acasalados com orientação dos técnicos da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A alimentação dos animais é de alto padrão e supre todas as necessidades para que eles possam expressar todo o seu potencial genético. O balanço nutricional é realizado por profissionais da área, que proporcionam um maior desempenho produtivo. São realizados testes periódicos de brucelose e tuberculose. O acompanhamento veterinário é feito mensalmente em todo o rebanho, efetuando o controle sanitário, reprodutivo e de parasitológico.

O trabalho de pesagem para a avaliação de ganho de peso e desenvolvimento corporal é exclusivamente de responsabilidade dos técnicos da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), que  orientam os proprietários e avaliam os animais conforme as normas da Associação. Todo o rebanho possui também o Certificado de Registro Genealógico (CRG) junto a ABCZ.

Sobre a Raça Tabapuã

Formada há 75 anos, a raça Tabapuã, com grande habilidade materna, docilidade, excelente conformação e acabamento de carcaça é, sem dúvida alguma, de grande valia para o desenvolvimento econômico do país. A raça é a mais testada em provas de ganho de peso oficializadas pela ABCZ e está representada hoje por mais de meio milhão de cabeças registradas e espalhadas por todo o território nacional.

Serviço:
23ª ExpoSul – Chapadão  do Sul (MS)
Dia 06/06  Leilão Reprodutores Tabapuã
Transmissão: www.leilaosat.com.br

Fonte: Assessoria de Imprensa da ABCT

Na Capital, 18º Encontro Técnico do Leite debaterá estruturação do rebanho

Os gargalos na produção leiteira serão abordados no encontro (Foto: Famasul/Divulgação)
Os gargalos na produção leiteira serão abordados no encontro (Foto: Famasul/Divulgação)

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A estruturação adequada do rebanho leiteiro e o monitoramento dos indicadores zootécnicos são ferramentas fundamentais para o diagnóstico das propriedades rurais. O tema será abordado pelo  engenheiro agrônomo, diretor e técnico da Cooperideal – Cooperativa para a Inovação e Desenvolvimento da Atividade Leiteira, Marcelo de Rezende, durante o 18º Encontro Técnico do Leite, que será realizado no dia 02 de junho, a partir das 08h.

Segundo o especialista, estrutura do rebanho se refere à participação percentual de cada categoria animal em relação ao rebanho total, ou seja, a quantidade de animais da atividade leiteira dentro da propriedade. “Este fator tem impacto direto sobre os resultados econômicos da atividade”, ressalta Rezende.  Em relação aos indicadores zootécnicos, Rezende abordará na palestra índices que influenciam o sucesso na atividade e que se constituem como ferramentas fundamentais para a gestão e lucratividade das propriedades rurais e consequente ataque a pontos críticos do sistema de produção.

Durante o evento, os gargalos na produção leiteira, em Mato Grosso do Sul, e também no Brasil, que vão do pasto ao preço, serão abordados e debatidos entre os participantes. Para o especialista, é preciso melhorar a gestão da atividade. “Sem isso é impossível a identificação de pontos a serem atacados de maneira prioritária. O produtor precisa criar o hábito das anotações de eventos econômicos e zootécnicos do negócio leite, para que as ações tenham foco e os resultados sejam de sucesso”, ressalta.

De acordo com as informações da FAMASUL – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mato Grosso do Sul é o 13º maior produtor de leite do País e conta atualmente com 24 mil produtores rurais no segmento lácteo. Por ano, produz em média 500 milhões de litros. Para que a atividade seja viável economicamente, a produção mínima em cada propriedade deve atingir 300 litros ao dia, com qualidade. “O produtor de leite vive hoje a era da informação e deve buscar conhecimento técnico e gerencial suficiente para a sustentabilidade econômica e zootécnica de seu negócio e este Encontro é uma grande oportunidade para que isso ocorra”, acrescenta o diretor da Cooperideal.

Sobre o evento

Em sua 18ª edição, o Encontro Técnico do Leite se consolida como o principal evento deste segmento em Mato Grosso do Sul. Com palestras que abordam temas que vão desde o bem-estar animal à produtividade, o evento promovido pela FAMASUL – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por intermédio da Sepaf – Secretaria de Produção e Agricultura Familiar, com patrocínio do Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa, será realizado no dia 02 de junho, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, a partir das 08h.