Feira abre comemorações ao centenário de Três Lagoas e deve movimentar R$ 60 milhões

Três Lagoas Florestal abre comemoção do centenário da cidade (Foto: Divulgação)
Três Lagoas Florestal abre comemoção do centenário da cidade (Foto: Divulgação)

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Para abrir oficialmente o mês de comemoração do centenário de Três Lagoas, considerada a Capital Mundial da Celulose, será realizada entre os dias 2 e 4 de junho a segunda edição da Feira Três Lagoas Florestal. A abertura do evento será nesta segunda-feira (1º) e a expectativa é atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhões em negócios.

De acordo com a organização do evento, a primeira edição da Feira, realizada em 2012, movimentou cerca de R$ 40 milhões em negócios e mais R$ 6 milhões foram injetados no município, em serviços como hotel, restaurantes e prestadores de serviços.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Marco Garcia, o desafio é maior devido ao cenário econômico que o Brasil e o mundo enfrentam.

O evento tem como público alvo pesquisadores, empresários, agrônomos, pecuaristas, trabalhadores rurais, veterinários, agricultores, engenheiros, trabalhadores rurais,pecuaristas, professores, estudantes e pessoas interessadas nos temas debatidos durante o evento.

O objetivo é capacitar profissionais da região, estimular geração de negócios, apresentar benefícios sociais, econômicos e ambientais do desenvolvimento sustentável florestal, entre outros.

Todas as palestras e atividades serão realizadas no Parque de Exposições do município, com exceção das visitas técnicas. Interessados devem fazer a inscrição no site do evento.

Confira a programação completa do evento:

02/06
8h às 17h30 – 1° Simpósio Brasileiro sobre Iniciativas das Atividades Econômicas (Ambienta 2015)
O Ambienta 2015 vai apresentar tecnologias e serviços inovadores que garantem sustentabilidade nos processos de produção.
14h às 22h – Visitação pública a feira

03/06
8h às 17h40 – 1° Simpósio Internacional sobre Inovação, Inteligência e Tecnologia para Florestas (Inova 2015).
Projetos de inovação, inteligência e tecnologia para para reduzir custos e aumentar produtividade florestal.
13h30 – Visita técnica a empresa Eldorado Brasil
14h – Visita técnica a empresa Fíbria
14h Às 22h – Visitação pública a feira
20h – Palestra Âncora

04/06
8h às 17h – Workshop Mais Floresta
Evento gratuito voltado ao produtor rural, sobre biomassa para energia e novas oportunidades para negócios.
12h – Costelada Fogo de Chão (almoço beneficente ao Hospital Auxiliadora)
14h às 22h – Visitação Pública a Feira.

Fibria anuncia a construção de nova linha de produção de celulose em Três Lagoas

Unidade da Fibria em Três Lagoas (Foto: Divulgação)
Unidade da Fibria em Três Lagoas (Foto: Divulgação)

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A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, anunciou no último dia 14 que o Conselho de Administração da companhia aprovou o Projeto Horizonte 2, que trata da ampliação de sua unidade de Três Lagoas, no estado do Mato Grosso do Sul.

A nova linha de produção terá capacidade de 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano. Somada à atual, já em operação, a unidade de Três Lagoas chegará a uma capacidade total de 3 milhões de toneladas/ano, transformando-se em um dos maiores sites de produção de celulose de eucalipto do mundo. Com isso, a capacidade total de produção da Fibria, considerando-se todas as suas unidades, passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de toneladas de celulose/ano.

Um dos maiores investimentos privados no Brasil com foco em exportação, o valor do projeto Horizonte 2 soma R$ 7,7 bilhões (equivalente a cerca de US$ 2,5 bilhões) e será realizado com recursos próprios provenientes da forte geração de caixa da companhia e com financiamentos de diversas fontes como BNDES, agências de créditos de exportação (ECAs), Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste, bancos comerciais e mercado de capitais.

Ao longo dos dois anos de execução do projeto Horizonte 2 serão criados 40 mil empregos diretos e indiretos. Durante o pico da obra, serão cerca de 10 mil trabalhadores. Quando entrar em operação, a nova linha de celulose da Fibria terá 3 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos.

“A ampliação da unidade de Três Lagoas segue a estratégia de crescimento com disciplina da Fibria, que considera uma janela de oportunidade para a entrada de nova capacidade de produção de celulose no mercado em 2018.”, afirma o presidente da Fibria, Marcelo Castelli.

A execução do Projeto Horizonte 2 contará com cerca de 60 fornecedores locais. Ao longo das obras, a Fibria irá promover 500 mil horas de treinamento na área Florestal e outras 390 mil horas de treinamento na área Industrial, incluindo a preparação da equipe própria e de terceiros. As obras também terão impacto positivo nas finanças públicas, com estimativa de arrecadação de impostos de cerca de R$ 450 milhões durante a construção.

As licenças ambientais para a ampliação da unidade de Três Lagoas, incluindo a licença de instalação, já foram obtidas pela Fibria. Além disso, a empresa vem investindo no desenvolvimento da base florestal na região com o objetivo de abastecer a nova linha de produção. O suprimento de madeira necessário para a operação da nova fábrica virá de florestas cultivadas no Mato Grosso do Sul e o aumento da demanda de eucalipto já está devidamente planejado. Serão necessários 174 mil hectares de florestas plantadas em áreas próprias, arrendamento e parcerias, além da compra de madeira futura de terceiros. Atualmente a empresa já conta com excedente de 107 mil hectares plantados ou sob contratos de plantio.

A Fibria foi pioneira em desenvolver a indústria de celulose em Três Lagoas. A unidade da empresa foi inaugurada em março de 2009, com capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano. O movimento inicial da Fibria gerou outros investimentos do setor em Três Lagoas, levando a cidade a ser conhecida hoje como a “capital mundial da celulose”.

A celulose produzida pela Fibria em Três Lagoas é levada por transporte ferroviário até o Porto de Santos (SP), de onde é exportada para mais de 40 países.