Aprosoja/MS lança colheita do milho safrinha nesta quinta-feira

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Cultivo de milho safrinha em Mato Grosso do Sul deve atingir 8,3 milhões de toneladas (Foto: Divulgação)
Cultivo de milho safrinha em Mato Grosso do Sul deve atingir 8,3 milhões de toneladas (Foto: Divulgação)

Espigas saudáveis, clima favorável e baixa incidência de pragas, devido a este cenário positivo o cultivo de milho safrinha em Mato Grosso do Sul deve atingir 8,3 milhões de toneladas na safra 2014/15, mesmo número registrado no ciclo anterior. De acordo com os dados do Siga – Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio a estimativa é que a produtividade alcance, em média, 86 sacas por hectare. A Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS pega carona com as máquinas agrícolas e lança oficialmente, nesta quinta-feira (25), em Sidrolândia, a colheita da segunda safra de milho. O lançamento acontecerá na Fazenda São José, a partir das 14 horas.

A estimativa de produção garante o terceiro lugar no ranking nacional do cereal para Mato Grosso do Sul, que fica atrás apenas de Goiás e Mato Grosso.  De acordo com o último boletim técnico da entidade, cerca de 40% das lavouras estão no estágio de enchimento de grãos. Pelo menos 30% se encontram no período de florescimento e o restante está em fase de maturação, a pré-colheita. Com a chuva, que tem caído de forma regular em praticamente todos os municípios, a retirada dos grãos deve ser intensificada nos próximos dias e, logo após os dez primeiros dias, pode ter uma redução no ritmo.

Segundo os técnicos de campo, diferente da soja, que é mais vulnerável ao clima, o milho sofre menos com as mudanças climáticas, já que possui o formato de pêndulo (inclinado para baixo) e a palha protege os grãos. Mesmo chovendo, o produtor pode esperar até uma semana para colher. A única preocupação do produtor é com relação à geada, efeito típico do inverno sul-mato-grossense, que pode atrapalhar a formação de grãos na fase de desenvolvimento da gramínea mas que não deve comprometer a produtividade.

“Antigamente, por causa do frio, só se plantava soja ou milho verão. Ainda sem adubo ou tecnologia, o produtor arriscou cultivar a gramínea em novo período e, com o tempo, notou aumento de produtividade. As pesquisas só confirmaram os testes já realizados pelos agricultores, e hoje o milho safrinha, poderia ser chamado de milho safrona”, ressalta o analista técnico da Aprosoja/MS, Justino Mendes.

Mato Grosso do Sul tem 1,6 mil hectares de área plantada. Cerca de 30% do milho safrinha foi plantado após o dia 10 de março, fora do período estabelecido no Zoneamento Agrícola de Risco Climático, do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, consequência da estiagem do período de plantio da soja.

 

Vazio Sanitário teve início no dia 1º no Mato Grosso e segue até setembro

No período do Vazia Sanitário fica proibida a presença de plantas vivas de soja e o plantio da cultura (Foto:Fausto Brites)
No período do Vazia Sanitário fica proibida a presença de plantas vivas de soja e o plantio da cultura (Foto:Fausto Brites)

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Teve início no dia 1º de junho e segue até 15 de setembro o Vazio Sanitário da cultura da soja em Mato Grosso, período em que fica proibida a presença de plantas vivas de soja e o plantio da cultura no estado. A proibição é uma medida fitossanitária para prevenção e controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), doença que atinge a lavoura de soja e é disseminada a partir de plantas vivas, servindo de ponte verde entre uma safra e outra.

Durante esse período, o agricultor não pode plantar ou ter lavouras de soja, e também deve eliminar toda e qualquer planta de soja guaxa – que surge de forma voluntária na propriedade. Um alerta importante é que neste ano o prazo para a destruição das plantas de soja que germinam nas lavouras de girassol vai até o dia 15 de junho.

Além de orientar seus associados, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) tem enviado ofícios para prefeituras de municípios produtores alertando para a necessidade de eliminação de plantas vivas no perímetro urbano. “Isso ocorre devido a sementes que caem de caminhões e acabam germinando. O trabalho em conjunto entre produtores, Município e Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) é fundamental para o controle da ferrugem asiática”, observa o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas.

As lavouras de soja em que a doença está presente têm sua formação comprometida e o enchimento de vagens prejudicado, o que reduz o peso final dos grãos. Os danos podem variar de 10% a 90% da produção, além de gerar custos maiores para o agricultor devido ao controle fitossanitário.

A ferrugem asiática gera prejuízos para toda a sociedade, não sendo restrita aos agricultores de soja. “Como a cultura é a base da economia estadual, a queda de produtividade impacta diretamente no mercado local das cidades e também na arrecadação pública. É uma doença do campo que atinge a cidade”, comenta o diretor técnico.

A multa para quem descumprir a medida do Vazio Sanitário é de 30 UPFs (Unidade Padrão Fiscal) mais 2 UPFs para cada hectare com soja guaxa. Após a penalidade, o produtor tem 30 dias para apresentar defesa junto ao Conselho Técnico Agropecuário que faz parte do Indea-MT. Se for negado, o produtor multado pode ainda recorrer em segunda instância.

A fiscalização no período do vazio sanitário é realizada pelo Indea-MT, e tem aumentado nos últimos cinco anos. Em 2014, foram feitas 4.614 fiscalizações, um número 43,7% superior ao registrado em 2013 (3.210). A evolução no número de autuações foi maior: 173% no último ano, quando houve 112 autuações contra as 41 de 2014. A perspectiva para este ano é de que a fiscalização apresente número ainda maiores, devido às condições climáticas favoráveis à permanência das plantas de soja durante o vazio sanitário.

Saiba mais

O Vazio Sanitário foi implantado em Mato Grosso em 2006. Atualmente, outros 11 estados brasileiros adotam o vazio sanitário, além de Mato Grosso: Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná, Bahia, Rondônia, Maranhão e Pará.

Fonte: Ascom Aprosoja MT

Mercado de grãos safra 2015/2016 é tema do Circuito Aprosoja em Dourados

Plantação de soja (Foto: Fausto Brites)
Plantação de soja (Foto: Fausto Brites)

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É a vez da região da Grande Dourados receber o Circuito Aprosoja, projeto que leva até o produtor rural orientações sobre produção e mercado de soja e milho. Os produtores rurais receberão dia 21 de maio palestra sobre perspectiva econômica e mercado de grãos para o ciclo 2015/2016, conduzida pelo consultor econômico da AgRural, Fernando Muraro Júnior. O Circuito é realizado pela Aprosoja/MS – Associação de Produtores Rurais de Mato Grosso do Sul e nesta etapa conta com a parceria do Sindicato Rural de Dourados.

Na safra 2014/2015 de soja, Dourados plantou 163 mil hectares do grão. A produção superou 457 mil toneladas e obteve produtividade média de 46 sacas por hectare. A estimativa da Aprosoja/MS para o milho é que Dourados alcance 135 mil hectares. Para o presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito, a palestra vai trazer o panorama de novas oportunidades para agregar valor ao grão produzido na região. “O agricultor que participa e se atualiza periodicamente se torna mais competitivo e sai na frente”, explica.

O Circuito Aprosoja/MS faz parte da programação da 51ª Expoagro – Exposição Agropecuária de Dourados, que acontece entre os dias 15 e 24 de maio, evento organizado pelo sindicato rural da cidade. Em cada etapa traz diferentes temas com especialistas que levam orientações técnicas agrônomas e financeiras, além de apresentar uma contextualização do mercado em âmbito nacional e internacional.

A iniciativa da Aprosoja/MS tem objetivo de aproximar o especialista do produtor rural. O contato aumenta o conhecimento e amplia as possibilidades para venda de grãos. Deodápolis foi a primeira cidade a receber o projeto este ano e reuniu em abril mais de 300 pessoas no sindicato rural do município.

Em 2014 o Circuito passou pelos municípios de Dourados, Chapadão do Sul, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste, Amambai, Coxim, Naviraí, Campo Grande, envolvendo a participação de 726 pessoas. “Este ano atenderemos dez municípios e ampliaremos o número de envolvidos no Circuito”, finaliza Saito.

A próxima etapa está marcada para o dia 04 de junho, em Chapadão do Sul.

Fonte: Famasul