Vazio Sanitário teve início no dia 1º no Mato Grosso e segue até setembro

No período do Vazia Sanitário fica proibida a presença de plantas vivas de soja e o plantio da cultura (Foto:Fausto Brites)
No período do Vazia Sanitário fica proibida a presença de plantas vivas de soja e o plantio da cultura (Foto:Fausto Brites)

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Teve início no dia 1º de junho e segue até 15 de setembro o Vazio Sanitário da cultura da soja em Mato Grosso, período em que fica proibida a presença de plantas vivas de soja e o plantio da cultura no estado. A proibição é uma medida fitossanitária para prevenção e controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), doença que atinge a lavoura de soja e é disseminada a partir de plantas vivas, servindo de ponte verde entre uma safra e outra.

Durante esse período, o agricultor não pode plantar ou ter lavouras de soja, e também deve eliminar toda e qualquer planta de soja guaxa – que surge de forma voluntária na propriedade. Um alerta importante é que neste ano o prazo para a destruição das plantas de soja que germinam nas lavouras de girassol vai até o dia 15 de junho.

Além de orientar seus associados, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) tem enviado ofícios para prefeituras de municípios produtores alertando para a necessidade de eliminação de plantas vivas no perímetro urbano. “Isso ocorre devido a sementes que caem de caminhões e acabam germinando. O trabalho em conjunto entre produtores, Município e Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) é fundamental para o controle da ferrugem asiática”, observa o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas.

As lavouras de soja em que a doença está presente têm sua formação comprometida e o enchimento de vagens prejudicado, o que reduz o peso final dos grãos. Os danos podem variar de 10% a 90% da produção, além de gerar custos maiores para o agricultor devido ao controle fitossanitário.

A ferrugem asiática gera prejuízos para toda a sociedade, não sendo restrita aos agricultores de soja. “Como a cultura é a base da economia estadual, a queda de produtividade impacta diretamente no mercado local das cidades e também na arrecadação pública. É uma doença do campo que atinge a cidade”, comenta o diretor técnico.

A multa para quem descumprir a medida do Vazio Sanitário é de 30 UPFs (Unidade Padrão Fiscal) mais 2 UPFs para cada hectare com soja guaxa. Após a penalidade, o produtor tem 30 dias para apresentar defesa junto ao Conselho Técnico Agropecuário que faz parte do Indea-MT. Se for negado, o produtor multado pode ainda recorrer em segunda instância.

A fiscalização no período do vazio sanitário é realizada pelo Indea-MT, e tem aumentado nos últimos cinco anos. Em 2014, foram feitas 4.614 fiscalizações, um número 43,7% superior ao registrado em 2013 (3.210). A evolução no número de autuações foi maior: 173% no último ano, quando houve 112 autuações contra as 41 de 2014. A perspectiva para este ano é de que a fiscalização apresente número ainda maiores, devido às condições climáticas favoráveis à permanência das plantas de soja durante o vazio sanitário.

Saiba mais

O Vazio Sanitário foi implantado em Mato Grosso em 2006. Atualmente, outros 11 estados brasileiros adotam o vazio sanitário, além de Mato Grosso: Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná, Bahia, Rondônia, Maranhão e Pará.

Fonte: Ascom Aprosoja MT

Apresentações de resultados de pesquisas da Fundação MS continuam em junho

 

Pesquisa de soja é feita pela Fundação MS (Foto: Fausto Brites)
Pesquisa de soja é feita pela Fundação MS (Foto: Fausto Brites)

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A Fundação MS, em parceria com o Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) continua em junho com as apresentações de resultados de pesquisas sobre a safra de soja 14/15. O circuito passa por Sidrolândia (03/06), Rio Brilhante (10/06), Bonito (11/06) e Figueirão (19/06). O objetivo é esclarecer dúvidas dos produtores rurais sobre o manejo de nitrogênio, fertilidade do solo e controle de doenças nas plantas, por meio dos estudos realizados ao longo do ano pela instituição.

José Fernando Jurca Grigolli (Foto: Fundação MS)
José Fernando Jurca Grigolli (Foto: Fundação MS)

Manejo de pragas e doenças será um dos assuntos tratados, por meio de palestra ministrada pelo pesquisador de fitossanidade da Fundação MS, José Fernando Jurca Grigolli. O foco será a eficiência de produtos, inseticidas e fungicidas para o controle de lagartos, percevejos e doenças, além de assuntos como estratégia de controle.

Segundo o pesquisador, as doenças que mais afetaram a safra da soja no Estado na última safra, foram a tracnose e a ferrugem, que apesar de ser a doença mais agressiva e que mais preocupa os produtores, foi encontrada apenas em algumas regiões. “Nessa última safra nós conseguimos separar bem as regiões que tem uma grande ocorrência de ferrugem das que não tem ocorrências. Então isso consegue definir como vamos planejar o posicionamento de fungicidas e quais destes são os melhores”, explica.

Para o controle e redução das infestações, tanto de pragas como doenças, o pesquisador destaca alguns dos métodos utilizados. “Nós temos basicamente o uso de produtos para realizar o tratamento de sementes, a aplicação de inseticidas em situações favoráveis a essas manifestações e infestações, além dos métodos de controle biológico e cultural que auxiliam no controle”.

Douglas de Castilho Gitti (Foto: Fundação MS)
Douglas de Castilho Gitti (Foto: Fundação MS)

Sobre os bioestimulantes na cultura de soja, o pesquisador de fertilidade e manejo do solo, Douglas Gitti, ressalta que foram avaliados 10 produtos bioestimulantes na cultura da soja, para saber quais deles aumentam a produtividade. “Além disso, temos também as questões da reinoculação e coinoculação de sementes, que consistem na utilização bactérias que fornecem nitrogênio para a cultura da soja e estimulam o desenvolvimento do sistema radicular”, completa.

Já sobre as cultivares usadas na safra 2014/2015 e recomendações para a próxima safra, o pesquisador Carlos Pitol ressalta as tecnologias utilizadas, que resultaram boas produtividades. Em alguns casos, o cultivo chegou à faixa de 60 a 80 sacas por hectare, em ótimas condições.

 Carlos Pitol (Foto: Fundação MS)
Carlos Pitol (Foto: Fundação MS)

Dentre os aspectos positivos para uma boa produção e colheita, Pitol avalia que os produtores não devem acelerar o início do plantio. “O ideal é plantar a partir do final de setembro, quando as condições climáticas são mais adequadas para a cultura da soja e não concentrar excessivamente a semeadura, problema que ocorre em função da alta capacidade de plantio. Nós temos hoje muitos cultivares disponíveis para o escalonamento de semeadura buscando atingir sempre boas produtividades”, ressaltou.

Mais informações podem ser obtidas pelo site www.fundacaoms.org.br ou pelo telefone (67) 3454-2631.

Mercado de grãos safra 2015/2016 é tema do Circuito Aprosoja em Dourados

Plantação de soja (Foto: Fausto Brites)
Plantação de soja (Foto: Fausto Brites)

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É a vez da região da Grande Dourados receber o Circuito Aprosoja, projeto que leva até o produtor rural orientações sobre produção e mercado de soja e milho. Os produtores rurais receberão dia 21 de maio palestra sobre perspectiva econômica e mercado de grãos para o ciclo 2015/2016, conduzida pelo consultor econômico da AgRural, Fernando Muraro Júnior. O Circuito é realizado pela Aprosoja/MS – Associação de Produtores Rurais de Mato Grosso do Sul e nesta etapa conta com a parceria do Sindicato Rural de Dourados.

Na safra 2014/2015 de soja, Dourados plantou 163 mil hectares do grão. A produção superou 457 mil toneladas e obteve produtividade média de 46 sacas por hectare. A estimativa da Aprosoja/MS para o milho é que Dourados alcance 135 mil hectares. Para o presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito, a palestra vai trazer o panorama de novas oportunidades para agregar valor ao grão produzido na região. “O agricultor que participa e se atualiza periodicamente se torna mais competitivo e sai na frente”, explica.

O Circuito Aprosoja/MS faz parte da programação da 51ª Expoagro – Exposição Agropecuária de Dourados, que acontece entre os dias 15 e 24 de maio, evento organizado pelo sindicato rural da cidade. Em cada etapa traz diferentes temas com especialistas que levam orientações técnicas agrônomas e financeiras, além de apresentar uma contextualização do mercado em âmbito nacional e internacional.

A iniciativa da Aprosoja/MS tem objetivo de aproximar o especialista do produtor rural. O contato aumenta o conhecimento e amplia as possibilidades para venda de grãos. Deodápolis foi a primeira cidade a receber o projeto este ano e reuniu em abril mais de 300 pessoas no sindicato rural do município.

Em 2014 o Circuito passou pelos municípios de Dourados, Chapadão do Sul, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste, Amambai, Coxim, Naviraí, Campo Grande, envolvendo a participação de 726 pessoas. “Este ano atenderemos dez municípios e ampliaremos o número de envolvidos no Circuito”, finaliza Saito.

A próxima etapa está marcada para o dia 04 de junho, em Chapadão do Sul.

Fonte: Famasul

Produção de grãos da safra 2014/2015 deve ser de 202 milhões de toneladas

Safra registra gana nas produtividades da soja, milho e do trigo (Foto:Divulgação)
Safra registra gana nas produtividades da soja, milho e do trigo (Foto:Divulgação)

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A estimativa de produção de grãos no Brasil da safra 2014/2015 é de 202,23 milhões de toneladas, ou seja, 4,4% ou 8,6 milhões de t superior à obtida na safra 2013/14, que foi de 193,62 milhões de toneladas. Em relação ao levantamento do mês passado, observa-se um ganho de 1,54 milhão de toneladas. Este acréscimo deve-se ao ganho nas produtividades do milho primeira safra, da soja e do trigo, uma vez que neste mês de maio a Conab apresenta a primeira previsão para a safra 2015 das culturas de inverno.

A previsão de área plantada é de 57,21 milhões de hectares. Este levantamento contempla informações já definidas para as áreas cultivadas com as culturas de verão de primeira e segunda safras. Para as culturas de inverno, feijão terceira safra e da região Norte/Nordeste, com exceção das áreas de cerrado, o plantio está em andamento, portanto, as áreas ainda não estão definidas.

A estimativa da área a ser cultivada com as principais culturas é 0,3% maior que a cultivada na safra 2013/14, passando de 57,06 para 57,21 milhões de hectares, representando um aumento de 150,6 mil hectares. O destaque é para a cultura de soja, com crescimento de 4,6%, ou seja, 1,4 milhão de hectares sobre a área plantada na safra 2013/14. Com relação ao levantamento anterior, realizado em março, observa-se uma variação de 0,2% decorrente de pequenos ajustes nas áreas de plantio.

A pesquisa foi realizada entre os dias 12 a 18 de abril, quando foram levantadas informações de área plantada, produção e produtividade média estimadas, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, além de evolução da colheita e outras variáveis.

O trabalho tem parceria da Conab com agrônomos, técnicos do IBGE, de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros e revendedores de insumos, que subsidiam os técnicos da estatal com informações referentes aos levantamentos.